Preciso de palavras tanto quanto preciso de acções. Preciso que me digas que me queres, que me agarres pelo braço, que não me deixes desistir. Sabes que a energia que tenho para virar as costas e desatar a correr na direcção oposta à tua é a mesma com que lutei por um lugar para nós, secreto ou não, a mesma com que sempre corri ao teu encontro.
Energia: força cinética.
Sabes que acredito nas leis da física tanto quanto na poesia de um dia de liberdade roubado aos compromissos, aos relógios, aos outros lá fora. Será que a liberdade roubada é, ainda assim, liberdade?
Preciso que me digas que embora não saibas em que tempo, que acreditas com força que vamos chegar lá e depois sentirmos que valeu a pena, quando finalmente podermos respirar sem medo de fazer barulho e acordar os compromissos, os relógios e os outros lá fora.
Mais que acreditas, preciso que me digas que sentes que vai acontecer, à força de tanto queres. De tanto me quereres.
Com a mesma certeza com que sabes que o quadrado da hipotenusa nunca deixará de ser igual à soma dos quadrados dos catetos.
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