terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Tudo tem um fim

Até sempre! :)

domingo, 21 de dezembro de 2008

Desaf(r)io

O Pedro pediu. A RC faz a vontade- Bryan Adams go ahead: - És homem ou mulher? Hey little girl - Descreve-te. Here I am - O que pensam as pessoas de ti? 18 Till I Die - Como descreves o teu último relacionamento? I will be right here waiting for you - Descreve o estado actual da tua relação. Last chance - Onde estarias agora? Heaven -O que pensas a respeito do amor? Cuts like a knife - Como é a tua vida? Win some, lose some - O que pedirias se só pudesses ter um desejo? Don't drop that bomb on me - Escreve uma frase sábia. Do I have to say the words?

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Hoje temos um dos concertos da minha vida

Eu e dois dos homens da minha vida. :)
(Gotan Project no Campo Pequeno)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Na voz dos outros (X)

"Desterra de ti medos e desejos, e nada terás que te tiranize."
Epícuro

Final feliz

E depois o despertador não chegou a tocar e não tinha sido nenhum sonho. Decidiu ir para a cama quando percebeu que tudo não tinha passado da realidade.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Quick

E depois quanto sinto a(lento) ele passa tão ar(rápido).

domingo, 14 de dezembro de 2008

Snooker passional

Ao longo de meses, fomos colocando nas redes, uma a uma, todas as bolas encarnadas-paixão.
Debruçamo-nos na mesa, numa dupla de adversários incautos, em poses que nos remetiam para fortes tacadas, sem nunca recorrermos ao uso de giz (nenhum de nós- achava eu-gostava de algo que escrevesse e facilmente fosse apagado).
As outras bolas de cor foram jogadas, somámos pontos. Acabou o jogo: nenhum saiu vencedor.
A bola branca lá permanece, em cima da mesa forrada a feltro verde-esperança, suspirando por um jogo de desempate final.

Amor marciano

É como a relação planeta Terra-Marte: não deixas de ser quem está mais próximo de mim mas, ainda assim, a tantos anos-luz de distância.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Na voz dos outros (IX)

"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.
O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.
Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassado ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.
O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.
O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não está lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."
"Elogio ao Amor" - Miguel Esteves Cardoso in Expresso

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Na voz dos outros (VIII)

"Ouvi Dizer Ouvi dizer que o nosso amor acabou... Pois eu não tive a noção do seu fim! Pelo que eu já tentei, eu não vou vê-lo em mim: se eu não tive a noção de ver nascer um homem. E ao que vejo, tudo foi para ti uma estupida canção que so eu ouvi! E eu fiquei com tanto para dar! Agora não vais achar nada bem que pague a conta em raiva! E pudesse eu pagar de outra forma!!! E pudesses eu pagar de outra forma!!! E pudesses eu pagar de outra forma!!! Ouvi dizer que o mundo acaba amanhã, e eu tinha tantos planos p'ra depois! Fui eu quem virou as páginas na pressa de chegar até nós, sem tirar das palavras seu cruel sentido... Sobre a razao estar certa, resta-me apenas uma razao: e um dia vais ser tu e um homem como tu como eu não fui um dia vou-te ouvir dizer: E pudesses eu pagar de outra forma!!! E pudesses eu pagar de outra forma!!! E pudesses eu pagar de outra forma!!! Sei que um dia vais dizer: E pudesses eu pagar de outra forma!!! E pudesses eu pagar de outra forma!!! E pudesses eu pagar de outra forma!!! A cidade está deserta e alguém escreveu o teu nome em toda a parte: nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas. Em todo o lado essa palavra, repetida ao expoente da loucura! Ora amarga, ora doce... Para nos lembrar que o amor é uma doença, quando nele julgamos ver a nossa cura..."
Ornatos Violeta

domingo, 7 de dezembro de 2008

Herpes emocional (ou como passa a paixão, afinal)

É simples, passa como um herpes.
Primeiro ficas com febre, com calor, ou apanhas sol de mais. E, como por castigo desse sentir quente, o herpes aloja-se na tua alma. E faz o teu coração inchar tanto que parece que vai rebentar.
Ao princípio não te parecem bolhas, sentes apenas uma comichão leve, uma dor quase que boa. Uma impressão. Mas, depois, depois percebes é que tens a alma cheia de pus. E tentas rebentar o que afinal são bolhas e ainda assim não resulta. Tens que deixar secar. E leva tempo. O seu próprio tempo.
E há alturas em que só te consegues concentrar na crosta feia e áspera que fica, como uma capa dura a proteger-te o coração. Ainda assim inestética, feia mesmo.
Mas, um dia (pasma-te!), acordas com as células renovadas e no lugar onde estava o herpes está um novo tecido cardíaco. Diferente, renovado. Ainda assim, teu.
E mesmo que saibas que o herpes pode voltar, tens também a certeza confirmada que tens em ti essa capacidade- quase fotossintética- de regeneração.

Na trama bamba

"I love the way you feel blue, I love the way I walk without you". Seriously.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Speaking

Falar é pensar para fora?

Thinking

Pensar é falar para dentro?

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Na voz dos outros (VII)

"Não sabemos o que é a vida. Sozinhos achamo-nos mais capazes. E quando nos sentimos tristes, sem testemunha, a tristeza é doce. Não precisamos fingir tanto, nem tantas vezes. Podemos gritar á vontade que ninguém nos ouve, e uma cama não deixa de ser uma cama por a encontrarmos vazia."
Pedro Paixão in "Vida de Adulto"

Pedro

Paixão é substantivo masculino. E não se sente: lê-se. E assim é tão melhor.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Re-open

Coração remodelado e equipado com os mais modernos sentimentos e as mais tecnológicas emoções. Acabamentos de luxo. Descalce as más intenções antes de entrar. Sinta-se em casa.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Lavandaria emocional

Comprei um "corador", onde posso estender o meu coração para "corar". Coro-o para ver se lhe consigo restituir a sua verdadeira cor: vermelho encarnado ou encarnado vermelho, já não me lembro bem. É importante sentir que posso desencardir a alma, desamarecê-la. Ao poucos, lavo o coração bem lavadinho, com sabão azul e branco, para que fique tão alvo que o possa tornar num coração domingueiro, num coração de levar à missa.
Aproveitar esta nesga de sol que me queima a pele, para pôr o coração a corar. Expô-lo á luz. Passá-lo por água, tirar todo o sabão, torcê-lo. Estendê-lo. Sem medos. Mais não seja para que core de vergonha. Que me importa? Ao menos que volte à sua vermelhidão encarnada. Vice versa, talvez.

Ao grunho-dandy da sua Areya

Obrigada por me teres tramado. Retribuo-te com um tropeção trapalhão setentecista e passos de braço dado sob um céu de noite de chuva miudinha. Gosto mesmo de ti. Muito.

Me

Abrir a janela mal o sol nasce e inspirar o ar fresco da manhã, numa varanda sobre o mar. Maresia a cegar-me os olhos. A manhã a romper-me na pele. Hoje estou assim.